Gestão de riscos ocupacionais: identificando e controlando perigos

Quando falamos de gestão de riscos ocupacionais, estamos falando de muito mais do que cumprir normas: trata-se de mapear, entender e neutralizar as ameaças que podem afetar a saúde, a integridade física ou o desempenho de quem trabalha. E esse processo começa antes mesmo que o trabalhador coloque a mão na ferramenta ou no processo produtivo.

Neste blogpost, saiba como identificar perigos no ambiente de trabalho, como controlar esses riscos, quais são os principais desafios e como empresas – como a Brasmo – ajudam a tornar esse processo mais eficaz.

Boa leitura!

Por que a gestão de riscos ocupacionais importa

Imagine que uma indústria tem máquinas potentes, produtos químicos e trabalhadores em diferentes níveis de altura. Sem uma boa gestão de riscos ocupacionais, os perigos ficam ocultos: quedas, cortes, contaminações, explosões. E isso custa caro – em afastamentos, produtividade, multas, reputação.

Além disso, o mundo corporativo exige processos cada vez mais seguros e transparentes. Clientes, parceiros e auditores olham para a segurança como critério de qualidade. Portanto, fazer a gestão de riscos ocupacionais bem feita não é só evitar acidentes, é mostrar que a empresa se importa com pessoas e processo.

Etapa 1: Identificar os perigos

A fase inicial da gestão de riscos ocupacionais é encontrar os perigos. Perigo é qualquer fonte potencial de dano – físico, químico, biológico, ergonômico, psicossocial.

Exemplos de perigos comuns

  • Máquinas com partes móveis sem proteção ou manutenção deficiente.
  • Ambientes com poeira, vapores ou gases tóxicos.
  • Trabalho em altura ou em espaços confinados.
  • Posturas desconfortáveis ou repetitivas que geram lesões.
  • Exposição a ruído elevado ou vibração permanente.
  • Stress excessivo, jornadas longas, falta de pausas.

Como fazer a identificação

  • Inspeções de campo: percorrer o local de trabalho, observar fluxos, conversar com operadores.
  • Checklists específicos: usar listas pré-definidas para cada setor, adaptadas à atividade da empresa.
  • Entrevistas com colaboradores: quem está na linha de frente percebe o que não aparece nos relatórios.
  • Análise de dados históricos: acidentes, quase-acidentes, reclamações, afastamentos revelam padrões.
  • Mapeamento de processos e ambientes: cada etapa do trabalho pode conter riscos diferentes.

Ao final dessa fase, a organização deve ter um inventário de perigos — qual local, qual atividade, qual agente de risco.

Etapa 2: Avaliar e priorizar os riscos

Após identificar os perigos no ambiente de trabalho, o próximo passo indispensável na gestão de riscos ocupacionais é avaliar o risco associado a cada um desses perigos. 

Isso envolve calcular a probabilidade de ocorrência de acidentes e a gravidade das consequências que ele pode causar. A combinação desses dois fatores é o que vai determinar o nível de risco e como ele deve ser tratado pela empresa.

A avaliação de risco é imprescindível para que a empresa possa tomar decisões informadas e direcionar seus esforços e recursos para as áreas mais críticas. 

Como priorizar

Após realizar a avaliação, é importante classificar os riscos identificados com base na probabilidade de que ocorram e na gravidade de suas consequências. 

Essa classificação é vital para organizar os esforços de mitigação de forma eficaz. Os riscos podem ser classificados em alto, médio ou baixo, de acordo com critérios internos que podem variar conforme o tipo de atividade ou setor da empresa.

A probabilidade de um risco ocorrer pode ser dividida em frequente, eventual ou rara, enquanto o impacto do risco pode ser classificado como lesão leve, grave ou até fatal. Ao cruzar esses dois fatores, é possível determinar quais riscos exigem ações imediatas e quais podem ser monitorados com menos urgência.

Ferramentas úteis

Existem várias ferramentas que facilitam a análise e priorização de riscos, tornando o processo mais visual e fácil de entender para todos os envolvidos.

Uma das ferramentas mais comuns é a Matriz de Risco, um gráfico que ajuda a visualizar rapidamente a probabilidade e a severidade dos riscos identificados, permitindo que a empresa priorize as ações de forma eficiente. 

Além disso, o Método P × S é uma técnica que multiplica a probabilidade de ocorrência pela severidade das consequências, gerando uma pontuação que pode ser usada para classificar os riscos. 

Outra ferramenta útil é a Análise de Frequência vs Gravidade, que permite observar quais riscos ocorrem com maior frequência e quais têm o maior potencial de causar danos, ajudando a focar os esforços onde eles são mais necessários.

Essas ferramentas permitem que a gestão de riscos seja mais objetiva e facilite a tomada de decisões estratégicas sobre onde investir tempo, recursos e ações preventivas.

Etapa 3: Controlar os riscos

Aqui é onde a gestão de riscos ocupacionais se transforma em ação concreta. Depois de saber onde estão os perigos e quais são os riscos, é hora de implementar controles.

Hierarquia de controles

A abordagem aceita mundialmente segue uma hierarquia de controles. Essa hierarquia vai da solução mais eficaz àquela menos preferida, mas cada nível tem sua importância, dependendo da situação específica:

Eliminação

A melhor solução possível é remover completamente o perigo do ambiente de trabalho. No entanto, isso nem sempre é viável, especialmente em indústrias onde certos riscos são inevitáveis devido ao tipo de processo ou produto.

Substituição

Sempre que possível, trocar materiais ou equipamentos por versões mais seguras é uma ótima alternativa. Exemplo: substituir produtos químicos tóxicos por opções menos agressivas à saúde.

Controles de engenharia

Barreiras físicas, ventilação adequada, enclausuramento de máquinas e automação são soluções de alto impacto que podem eliminar ou reduzir substancialmente a exposição ao risco. Essas medidas, no entanto, muitas vezes exigem investimento e alteração significativa no processo produtivo.

Controles administrativos

Políticas internas, procedimentos operacionais, treinamento contínuo e rodízio de tarefas são formas de mitigar riscos. No entanto, eles dependem do comportamento humano e, por isso, podem não ser 100% eficazes sem o apoio de outros controles.

Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

Embora ocupem a última posição na hierarquia de controles, os EPIs desempenham um papel primordial em situações onde os controles anteriores não são totalmente possíveis ou eficazes. 

A Brasmo sabe que a proteção direta dos colaboradores não pode ser negligenciada, especialmente em setores que lidam com riscos físicos, químicos e biológicos. 

Por isso, EPIs como luvas, botas, roupas impermeáveis, entre outros equipamentos, são indispensáveis para garantir a segurança do trabalhador, evitando lesões e doenças ocupacionais, muitas vezes em condições extremas.

Vale adicionar que os EPIs continuam sendo uma das soluções mais eficazes para garantir a segurança no trabalho e, muitas vezes, a única alternativa viável no contexto da indústria. Nesse sentido, a Brasmo conta com um amplo catálogo de EPIs de alta qualidade, que vão desde a proteção corporal completa até equipamentos mais específicos, como luvas e botas de segurança para ambientes industriais. 

Esses produtos não só ajudam a garantir o bem-estar dos colaboradores, mas também são uma forma de a empresa estar em conformidade com as normas de segurança do trabalho.

Etapa 4: Monitorar, revisar e melhorar

A gestão de riscos ocupacionais não é tarefa pontual. O trabalho para garantir segurança deve ser contínuo.

Por que monitorar

A gestão de riscos ocupacionais exige um acompanhamento constante, pois os ambientes de trabalho estão sempre em evolução. Mudanças, como a introdução de novas máquinas, processos ou substâncias químicas, podem alterar o cenário de riscos.

Por isso, monitorar é indispensável para garantir que os controles permaneçam adequados e eficazes.

Além disso, a eficácia dos controles precisa ser verificada regularmente. O que funcionou em determinado momento pode não ser suficiente no futuro, por isso é importante revisitar as medidas de segurança e fazer ajustes quando necessário. 

Os indicadores de segurança, como taxas de acidentes, afastamentos e quase-acidentes, são reflexos diretos das ações implementadas. Portanto, a monitoração constante permite que a empresa se antecipe a possíveis falhas e garanta a proteção contínua dos colaboradores.

Como revisar

  • Fazer auditorias regulares e inspeções.
  • Atualizar o inventário de riscos sempre que houver mudanças.
  • Promover reuniões de feedback com a equipe.
  • Medir KPIs de segurança: taxa de incidentes, tempo médio de resposta, conformidade com EPI’s, etc.
  • Investir em melhoria contínua: ajustar controles, substituir tecnologia, retratar as práticas de trabalho.

Conclusão

A gestão de riscos ocupacionais é o caminho estratégico para transformar perigos invisíveis em ações visíveis, proteger pessoas, valorizar processos e fortalecer a cultura de segurança da empresa. Identificar corretamente, priorizar bem, controlar com método e revisar com constância são os pilares que fazem a diferença.

E é aqui que a Brasmo entra como parceira: com mais de quinze anos de atuação em soluções de proteção e higiene industrial, a Brasmo oferece linhas completas de EPIs industriais e equipamentos especializados (como aspiradores ATEX) – todos certificados e prontos para integrar o plano de gestão de riscos ocupacionais da sua empresa. Acesse o site da Brasmo e descubra mais sobre como podemos ser uma base confiável para implementar controles eficazes, contribuir para cumprir normas e criar um ambiente de trabalho mais seguro.

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