Na indústria moderna, onde a automação e a precisão são determinantes para a eficiência operacional, os sensores industriais se tornaram peças indispensáveis. 

Eles atuam como os “sentidos” das máquinas, detectando variações em temperatura, pressão, proximidade, vazão e diversas outras grandezas, garantindo que os processos ocorram de forma segura, eficiente e sem falhas.

Por essas funções, a variedade de sensores disponíveis no mercado é vasta, cada um projetado para desempenhar atividades específicas e atender às necessidades de diferentes setores, como manufatura, alimentos, química, petróleo e gás, automotivo e muitos outros. 

Mas, diante de tantas opções, como escolher o modelo certo para cada aplicação? 

Para chegar a uma resposta mais precisa e definitiva, explore, neste artigo, os principais tipos de sensores industriais, suas aplicações e os critérios necessários para uma seleção assertiva. 

Boa leitura!

Entendendo os sensores industriais

O que, afinal, seria um sensor industrial? Podemos definir esses aparelhos como dispositivos que detectam mudanças no ambiente ou em outros equipamentos, convertendo essas variações em sinais elétricos utilizados para controle e monitoramento. 

Dessa forma, eles garantem que máquinas e processos operem dentro dos parâmetros estabelecidos, aumentando a eficiência e a segurança na indústria.

Presentes em diversos setores, esses sensores monitoram variáveis como temperatura, pressão, proximidade e nível de líquidos, prevenindo falhas e otimizando operações. 

Assim, em ambientes críticos, como refinarias e fábricas químicas, eles são vitais para detectar vazamentos, sobrecargas e oscilações elétricas, acionando alertas e evitando acidentes.

Com a evolução da Indústria 4.0, os sensores tornaram-se ainda mais inteligentes, permitindo conectividade em tempo real e manutenção preditiva, antecipando falhas e reduzindo custos operacionais. 

Vale lembrar que, para garantir o melhor desempenho, é importante escolher o modelo certo para cada aplicação. Acompanhe os próximos tópicos para ficar por dentro dos principais tipos e suas funcionalidades.

Principais tipos de sensores industriais

A escolha do sensor industrial ideal depende diretamente das necessidades da aplicação e das condições do ambiente em que será utilizado. 

Isso porque esses dispositivos desempenham funções primordiais na automação, desde a detecção de objetos até o monitoramento de variáveis críticas, como pressão e nível de líquidos. Abaixo, exploramos os principais tipos de sensores e suas aplicações mais comuns.

1. Sensores indutivos

Os sensores indutivos são indispensáveis para a detecção de objetos metálicos sem contato físico. 

Eles operam por meio de campos magnéticos e são amplamente utilizados em linhas de produção, controle de posicionamento e automação de máquinas, oferecendo alta durabilidade e resistência a ambientes industriais agressivos, como aqueles expostos a óleo, poeira e vibração.

2. Sensores capacitivos

Já os sensores capacitivos são mais adaptáveis, pois podem detectar tanto materiais metálicos quanto não metálicos, como líquidos, madeira, vidro e plásticos. 

Eles são frequentemente empregados no controle de níveis em reservatórios, detecção de presença em embalagens e monitoramento de processos que envolvem materiais sólidos e fluidos.

3. Sensores fotoelétricos

Os sensores fotoelétricos utilizam feixes de luz para identificar a presença ou ausência de objetos, independentemente da cor ou textura do material. 

Devido à sua precisão, são imprescindíveis em sistemas de embalagem, separação de produtos e esteiras automatizadas, garantindo que cada item seja identificado corretamente durante o processo produtivo.

4. Sensores ultrassônicos

Quando a aplicação envolve medição de distâncias, detecção de objetos transparentes ou funcionamento em ambientes com poeira e umidade, os sensores ultrassônicos são a melhor escolha. 

Funcionando por meio da emissão e recepção de ondas sonoras, eles são ideais para controle de nível em tanques, monitoramento de posição e detecção de presença em locais onde outros sensores podem falhar.

5. Sensores de pressão

Por fim, os sensores de pressão são indispensáveis para a medição e controle da pressão de gases e líquidos em sistemas industriais. 

Sua atuação é necessária para reforçar a segurança e a eficiência de processos em setores como químico, petroquímico, automotivo e alimentício, evitando sobrecargas e garantindo que os equipamentos operem dentro dos limites adequados.

Critérios para escolha do sensor ideal

Agora que sabemos os principais tipos de sensores, é importante lembrar que a escolha do sensor industrial adequado é um fator determinante para o sucesso da automação de processos. 

Um sensor mal dimensionado pode comprometer a precisão das medições, gerar falhas operacionais e até aumentar os custos com manutenções inesperadas. Para evitar esses problemas, é necessário avaliar alguns critérios fundamentais antes da decisão final:

Variável a ser monitorada

O primeiro aspecto a ser analisado é a variável que será monitorada. O sensor deve ser capaz de detectar exatamente o que o processo exige, seja temperatura, pressão, posição, nível, proximidade ou qualquer outra grandeza física. 

Afinal, utilizar um modelo inadequado pode levar a leituras imprecisas e afetar diretamente a eficiência do sistema.

Ambiente operacional

É imprescindível também considerar o ambiente operacional onde o sensor será instalado. Locais sujeitos a temperaturas extremas, umidade excessiva, produtos químicos corrosivos ou interferências eletromagnéticas podem comprometer a durabilidade e o desempenho do equipamento. 

Assim, sensores com proteção contra essas condições adversas garantem maior vida útil e confiabilidade.

Precisão e faixa de medição

Outro fator que deve ser considerado é a precisão e a faixa de medição do sensor. Nesse sentido, algumas aplicações exigem medições extremamente detalhadas, enquanto outras podem tolerar pequenas variações. 

Portanto, verifique se o sensor atende à exatidão necessária para evitar erros que possam comprometer a produção ou gerar desperdícios.

Compatibilidade com sistemas existentes 

A compatibilidade com os sistemas existentes também deve ser levada em conta. O sensor escolhido deve se integrar facilmente aos CLPs, sistemas supervisórios e redes industriais já implementadas na planta. 

Vale mencionar que optar por um sensor incompatível pode demandar ajustes complexos e encarecer a implementação.

Tempo de resposta

Em processos que exigem respostas rápidas, o tempo de resposta do sensor se torna um fator decisivo. 

Para isso, os sensores de baixa latência garantem ajustes imediatos no sistema, evitando atrasos e falhas na automação. Esse critério é especialmente importante em linhas de produção de alta velocidade e em processos que requerem ajustes contínuos e em tempo real.

Custo-benefício

Por fim, não há como não falar do custo-benefício, fator este que deve ser cuidadosamente avaliado. 

Embora sensores de maior qualidade possam ter um investimento inicial mais elevado, sua durabilidade e precisão resultam em menores custos com manutenção, reposição e paradas não planejadas. 

Conclusão

A escolha adequada de sensores industriais é vital quando se trata de otimizar processos, garantir a qualidade e assegurar a segurança nas operações industriais. 

Com isso, quando avaliamos cuidadosamente as necessidades específicas da aplicação e consideramos os critérios mencionados, é possível selecionar o sensor mais apropriado para cada situação.

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