O trabalho na indústria frigorífica é acompanhado de uma série de riscos, principalmente quanto à higiene e segurança. Quando não adotam cuidados redobrados, eles podem ocasionar contaminações e afetar a segurança dos trabalhadores.
Dessa forma, é de responsabilidade de todos de dentro da indústria frigorífica adotar práticas baseadas em rigorosas normas de higiene e segurança que protejam os trabalhadores e os produtos.
Conheça os principais riscos associados à indústria de abates e quais são as melhores práticas de higiene e segurança que garantem o bom funcionamento deste segmento.
Principais riscos relacionados à indústria de abate
Toda indústria está sujeita a riscos, que são inerentes à maioria das atividades industriais. Porém, na área de frigoríficos (destinado ao abate e desossa), os riscos presentes são um pouco mais específicos, englobando:
- Frio constante, que pode gerar desconforto ao trabalhador, sujeito a sofrer doenças ocupacionais;
- Movimentos repetitivos, ocasionando, muitas vezes, por casos de LER (Lesões por esforços repetitivos) e DORT (Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho);
- Cortes, devido ao uso de facas e serras;
- Dificuldades de cunho psicológico, que podem interferir na rotina dos colaboradores por diversas razões, caso da pressão por produtividade;
- Contaminação cruzada.
Para reduzir a ocorrência desses riscos, há alguns padrões que devem ser seguidos pela indústria frigorífica, como é o caso dos apresentados na NR-36, que serão abordados a seguir!
NR-36 – A norma que regula a operação dos frigoríficos
A norma reguladora mais recente para a operação de um frigorífico é a NR-36. Ela é focada nas questões de segurança e saúde no trabalho das empresas responsáveis pelo abate e processamento de carnes e derivados.
O objetivo desta NR é garantir segurança, saúde e qualidade de vida no trabalho. Para isso, ela estabelece requisitos mínimos para a avaliação, controle e monitoramento dos riscos relacionados às atividades realizadas a esse tipo de indústria.
Assim, a NR-36 regulamenta vários aspectos de importância, tais como:
- Mobiliário e postos de trabalho;
- Estrados, passarelas e plataformas;
- Correto manuseio de produtos;
- Levantamento e transporte de produtos e cargas;
- Recepção e descarga de animais;
- Máquinas, equipamentos e ferramentas;
- Condições ambientais de trabalho;
- Gerenciamento dos riscos;
- Programas de prevenção dos riscos ambientais e de controle médico de saúde ocupacional;
- Organização temporal do trabalho e de todas as atividades.
Principais medidas de higiene e segurança na indústria de abate
Na indústria frigorífica, há uma série de medidas que devem ser adotadas e garantem maior higiene e segurança dos trabalhadores e dos produtos.
Inicialmente, o uso de EPIs e EPCs é, sem dúvida, a medida preventiva mais eficiente para reduzir os riscos enfrentados diariamente pelos trabalhadores do segmento.
Os EPIs garantem a integridade física de cada trabalhador. Para isso englobam as luvas (anticorte, para câmara-fria) botas, vestimentas térmicas específicas e capuz (quando se trabalha no frio), além de aventais. Nas atividades relacionadas à exposição ao frio, por exemplo, devem ser fornecidas meias limpas e higienizadas diariamente.
Já para os faqueiros ou magarefes deve haver o fornecimento de luvas de malha de aço bem como aventais feitos no mesmo material.
Os EPCs (equipamentos de proteção coletiva), por sua vez, também apresentam grande importância. Eles visam promover a proteção da integridade física e saúde de todos os trabalhadores e terceiros.
Entre os EPCs mais importantes merecem destaque a sinalização de segurança, proteção de serras e equipamentos, importantíssimos para uma operação mais segura dos frigoríficos.
Quanto à higiene, há uma série de recomendações que merecem destaque. Este processo é construído através da junção das etapas de Limpeza e Desinfecção.
Na indústria frigorífica, a limpeza representa a etapa na qual são removidos resíduos e sujidades diversas.
A desinfecção, por sua vez, é a etapa que reduz os microrganismos, através do uso de produtos químicos ou métodos físicos a um nível aceitável que não ocasione a contaminação dos alimentos.
Nesse setor, a higiene pode compreender uma simples lavagem, exigir uma desinfecção mais detalhada, ou situações mais críticas, envolvendo até a esterilização.
O importante, para estes casos, é contar com os melhores produtos e utensílios de higiene, que vão evitar a contaminação cruzada, por elementos externos ou mesmo por corpos estranhos.
Dessa forma, o pleno atendimento das regras de higiene e segurança, além de obrigatórias e passíveis de multas, processos e autuações por descumprimento, são a melhor forma de proteger o trabalhador e toda a operação de abate.
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